quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012


Carnaval gera R$ 109 milhões.
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Se somadas as receitas indiretas, o impacto do feriado alcança o patamar de R$ 190,9 mi, 18% a mais do que 2011
Fortaleza/Rio. Como o Diário do Nordeste já havia antecipado com exclusividade na edição de ontem, cerca de 136 mil visitantes são esperados no Ceará para o Carnaval 2012. Com esse fluxo de pessoas, que é 9,9% maior do que o do mesmo período do ano passado, a estimativa da Secretaria de Turismo do Ceará (Setur) é que, nos cinco dias do feriado, R$ 109,1 milhões sejam gerados em receitas.

Se somadas as receitas indiretas, o impacto do Carnaval quase dobra: são esperados R$ 190,9 milhões a mais na cadeia produtiva do turismo. No total, a renda gerada é 18,8% superior ao registrado no ano passado. A diferença no impacto direto é de R$ 17,3 milhões e no indireto, R$ 30,2 milhões.

Ocupação Hoteleira

Segundo levantamento do coordenadoria de Estudos e Pesquisas da Setur, a estimativa é que a ocupação hoteleira na capital, no período de 17 a 22 de fevereiro, deva ficar em 95,7%, enquanto em 2011, foi 94,5%. Os meios de hospedagem mais procurados são flats (97,5%), seguido por hotéis (97,0%), pousadas (86,1%) e albergues (77,1).

Destinos preferidos
Ainda de acordo com a Setur, cerca de 53% dos visitantes permanecem na Capital, o que representa um universo de 73 mil pessoas. Esse número também é superior ao de 2011, quando 67.016 pessoas ficaram em Fortaleza. Dos outros destinos, o que mais deve receber turistas é o Porto das Dunas.

A praia da região metropolitana lidera o ranking, com 99,5% da preferência, seguida por Jericoacoara (97,8%) e Canoa Quebrada (93,1%).

Perdas em 2012

Apesar da projeção positiva da Setur para o Carnaval do Ceará, os feriados nacionais e estaduais neste ano devem gerar perdas de R$ 45 bilhões ao Brasil, 21% a mais do que no ano passado, segundo estudo divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

Este ano, Acre e Rio de Janeiro são os estados com maior número de feriados estaduais (3) que caem em dias da semana.

O crescimento em relação ao ano passado é explicado pelo maior número de feriados na terça e na quinta-feira, que abrem espaço para pontos facultativos e para que as pessoas emendem o feriado "enforcando" os dias úteis que ficam espremidos antes ou após os finais de semana.

O conceito utilizado pela Firjan é o Produto Interno Bruto Industrial diário, que mede a perda que a indústria teria com um dia útil a menos no calendário.

"A paralisação excessiva da atividade econômica gerada pelo excesso de feriados impõe enormes custos ao parque produtivo e à competitividade nacional, não só em termos de produção como também de negócios que deixam de ser realizados", afirmou a Firjan no estudo.

A proposta da entidade é que os feriados sejam todos transferidos para as segundas-feiras, menos os da Confraternização Universal (1º de janeiro); Independência (7 de setembro) e Natal (25 de dezembro). Ao todo o Brasil tem 12 feriados nacionais.

Os Estados com forte parque industrial são os que mais perdem com as paradas. É o caso de São Paulo, que lidera o ranking de prejudicados, com perdas de R$ 14,6 bilhões.

Outro lado45 bi de reais é quanto o País deverá deixar de movimentar neste ano devido aos feriados, de acordo com estudo da Firjan. Fonte: Diário do Nordeste, 16/02/2012.

O Clima do Ceará

O gráfico abaixo apresenta as temperaturas médias e o nível de chuvas observadas em Fortaleza ao longo do ano.
climate in Fortaleza
Fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

As temperaturas médias em Fortaleza variam entre 25 e 28 graus ao longo do ano. Mesmo nos meses mais frios, de maio a julho, quando a temperatura nos Estados do Sul e Sudeste chega a menos de dez graus, a temperatura média em Fortaleza fica acima de 25 graus.

O gráfico mostra que, no tocante às chuvas, Fortaleza tem duas estações bem definidas: o segundo semestre é bastante seco, enquanto o primeiro é um pouco mais chuvoso. Note que muitas pessoas no Nordeste referem-se ao período chuvoso como 'inverno', embora seja de fato verão e outono.
Não apenas Fortaleza torna-se pouco chuvosa no segundo semestre, mas também se pode afirmar que ela torna-se a capital menos chuvosa de todo o Nordeste.
Mesmo cidades próximas como Recife e Natal ficam sujeitas a mais dias de chuva durante o período seco do que Fortaleza (compare, por exemplo, com o gráfico do clima de Natal). Isso ocorre porque Fortaleza está situada em área mais próxima da região semi-árida (não existe no Ceará a zona de transição entre litoral e sertão, chamada agreste, que se observa claramente em Pernambuco e Paraíba e na parte sul do Rio Grande do Norte).

O clima é muito importante pois determina o deslocamento de turistas para uma determinada região, afinal de contas quem irá querer viajar para um destino onde as condições climáticas são desfavoráveis com seus interesses. A viagem pode-se tornar frustrante. Quanto ao Ceará, pode-se dizer que em termos de clima, é um local privilegiado. O estado tem poucas épocas de chuva, que garantem muitos dias de sol e praia durante o ano. Para poder garantir a escolha da época certa para sua viajem, não custa nada planejar  e pesquisar. Eis aqui alguns sites interessantes para poder ter informações sobre dados climáticos:
www.funceme.br
www.climatempo.com.br
www.br.tempo.yahoo.com

Dados da Funceme

Entre fevereiro e abril de 2012, em todo o Ceará, as chuvas devem ficar em torno da média histórica, segundo prognóstico emitido pela Fundação Cearense 
de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) nesta sexta-feira, dia 20 de janeiro. Para chegar a este indicador, foram consideradas as análise dos padrões atmosféricos de grande escala (ventos em superfície e em 10km de altura, pressão ao nível do mar, entre outros), das temperaturas da superfície do mar sobre os oceanos Pacífico e Atlântico (indicativas de fenômenos como La Niña), e dos resultados de modelos numéricos globais e regionais e de modelos estatísticos de instituições de pesquisa do Brasil (INMET, INPE) e do exterior (IRI, Uk MetOffice, ECMWF). 
Dessa maneira, ao fim do XIV Workshop Internacional de Avaliação Climática para o Semiárido Nordestino, a previsão indicou os índices de probabilidade atribuídos às categorias para o período analisado: normal (40%), acima da normal (25%), e abaixo da normal (35%).

O presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins, ressalta que, em função da variabilidade espacial e temporal, características normais da chuva no norte do Nordeste, é necessário um acompanhamento forte das previsões diárias, para saber com antecedência quando e onde deverá chover. “A situação das temperaturas do Oceano Atlântico não estão definidas, por isso, também vamos atualizar sistematicamente este prognóstico. Já na segunda quinzena de fevereiro, no Rio Grande do Norte, teremos mais uma reunião climática para avaliar a previsão climática”, explica.